sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Boa Noite!

«Vim desejar-te boa noite e ajeitar-te os lençóis, Joãozinho. Tiveste um dia em cheio, por isso, trata de dormir bem. E não te esqueças de ter cuidado com o Papão. Lembras-te do que o pai te disse sobre o Papão? De como mata rapazinhos? O que achas Joãozinho, achas que o Papão está aqui escondido no teu quarto? Será que está no armário? Será que vai saltar lá de dentro e matar-te mal eu me vá embora? Pode ser que sim. Nunca se sabe. Talvez esteja debaixo da cama. Também gosta de se esconder lá. Se calhar vai abrir um buraco no colchão e matar-te. Não deixes que ele te mate Joãozinho. Sabes o que ele faz? Espeta um tubo de metal afiado pelo teu nariz e chupa-te os miolos. E isso dói muito. Agora, vou apagar a luz e deixar-te sozinho no escuro. E não quero ouvir barulho. Se ouvir algum barulho vindo deste quarto, venho cá e bato-te. Tenta dormir bem. A propósito, o pai viu um monstro a passear no corredor ontem à noite. Tinha um papel na mão com o teu nome escrito. Boa noite.»

George Carlin (um dos melhores comediantes de todos os tempos)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Reencarnação

"H e D viveram um tórrido romance de amor. Eram almas gémeas, diziam eles. Apaixonaram-se aos dois anos de idade, algures em 1423, casaram aos cinco, tiveram aos doze o primeiro de 38 filhos, morreram trisavós jurando amor eterno. H reencarnou numa foca no Ártico enquanto D, anos mais tarde, reencarnou num gnu em África. Depois H reencarnou num Panda na Ásia e D reencarnava num esturjão, algures no mar Ártico. O reencontro pareceu impossível durante gerações: H foi um crisântemo, um gladíolo, um rinoceronte com asma, uma avestruz com artrose, um golfinho com caspa, enquanto D foi uma galinha da Índia, uma vaca sagrada, um pinheiro bravo, e um jumento com gonorreia. Um belo dia reencarnaram num homem e numa mulher. E reencontraram-se. Tinham ambos 20 anos. Voltaram a apaixonar-se perdidamente. Casaram. H tornou-se funcionário público e desatou a beber que nem um alce em época de cio. D trabalhava num escritório de contabilidade. Nunca tiveram filhos. H está preso por violência doméstica. D está com o braço esquerdo paralisado para o resto da vida. É lixada a reencarnação..."
Humor Negro

Labrego Nacional

“País de longa tradição no desenvolvimento do labrego nacional, Portugal chegou a um ponto de saturação do número de labregos per capita. Dados recentes do INE apontam para que a população labrega seja neste momento muito superior à portuguesa. «Começamos a ter dificuldade em separar os portugueses dos labregos, uma vez que os primeiros parecem ter sido perfeitamente aculturados pelos segundos» afirma o responsável máximo por esta instituíção. O Governo já admitiu ser maioritariamente constituído por labregos de 2ªgeração, não prevendo que a situação se altere nos próximos 4 anos, o que coloca Portugal no primeiro país europeu a ter uma maioria de população labrega, governada por labregos. O impacto do nacional labreguismo já começou a sentir-se na economia nacional – é característica do labrego a completa ausência de noção de gestão, o despesismo descontrolado e tendencioso, uma compulsiva tendência de prometer uma coisa, fazendo exactamente o contrário, e a fuga a toda e qualquer espécie de imposto. Especialistas internacionais no fenómeno expansionista do labrego, afirmam que o processo é irreversível e que dentro de poucos anos Portugal não terá portugueses. Sugerem ainda que se comece a mudar o nome do país para Labregal. O número de escolas para labregos tem aumentado exponencialmente nos últimos 10 anos, com todos os inconvenientes que estas acarretam: taxas de insucesso escolar perto dos 100%, não pagamento de propinas, e uma tendência compulsiva de arrastões diários num raio de 2km em torno de cada escola. O número de empresas labregas também tem aumentado, mas aqui a situação é menos grave porque, como se sabe, a duração de vida de uma empresa labrega é de um ano, exactamente o tempo que levam a esgotar-se os fundos europeus de incentivo à criação de empresas. Estima-se um novo fluxo de emigração nacional com características muito diferentes das que assistimos na década de 60 do século XX: a mão-de-obra especializada e sem paciência para os labregos nacionais começa calmamente a abandonar o país. Os labregos andam tão preocupados (fizeram contas e descobriram que os que ficam são todos uns labregos tesos) que lançaram o programa social “Adopte um Português”. Quem quiser ficar e ser adoptado por um labrego basta inscrever-se no centro de segurança social da sua zona de residência.
Cantem comigo o novo hino nacional: «Labregos do mar…»

Humor Negro

sábado, 11 de outubro de 2008

Atraso

“O país está vinte anos atrasado em relação à Europa”.
Afinal, somos nós que estamos atrasados ou eles é que estão adiantados?!
Uma obra, em Portugal, só é considerada uma obra quando apresenta um grande atraso, senão, seria uma obrinha.
Quanto ao pagamento de serviços, não há maior atrasado que o Estado português: num jornal económico lia-se que os organismos do Estado pagavam, em média, 183 dias depois de terem recebido qualquer serviço (eu conheço entidades que o fazem passado um ano).
Os estudantes deixam disciplinas em atraso, nos transportes o atraso faz parte do horário, as obras públicas vivem em permanente atraso, os processos atrasam-se uma eternidade nos tribunais, a polícia chega sempre atrasada ao local do crime…
Até a paciência dos portugueses está em atraso, senão já tinham tomado uma atitude.
Nós, Portugueses, somos naturalmente atrasados, por isso, não nos ponham as culpas. Eles é que estão adiantados…

Adeus, Newman...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Felizmente os cartoons "do nosso tempo" não eram violentos!


Feng Shui

Este fim-de-semana fui a uma sessão de Feng Shui.
Feng Shui é a arte milenar oriental que organiza os espaços de forma a promover mais saúde, prosperidade, harmonia e bem-estar. Quer dizer “Vento e água” porque a energia move-se com o vento (Feng) e acumula-se na água (shui).
A cada ano de nascimento correspondem direcções geográficas favoráveis ou desfavoráveis. Com base no estudo e conhecimento das mesmas, podemos optimizar os nossos ambientes circundantes, criando maior equilíbrio energético, aprendendo a evitar as direcções que são desvantajosas e a preferir as que correspondem ao sucesso, saúde, relacionamentos e desenvolvimento pessoal.
A decoração dos nossos ambientes não tem só a ver com o gosto pessoal ou estético, mas influencia-nos também energeticamente.
Mais uma interessante filosofia de vida oriental a adoptar.