domingo, 3 de agosto de 2008

Ser Errante


Habitei no espaço perdido do exílio
E aí formei a minha pátria, o meu lar.
Sem rei nem lei para me governar.
Mas, logo caí no abismo do meu ser,
Profundo,
Solidão.
Caí sobre o mar imenso,
Sem fundo,
Escuridão.
Estendeste-me os braços, para não naufragar
Descobri uma ilha, e aí quis ficar.
Equilíbrio,
Suspensão.
Comecei a amar,
Ilusão.
Os teus braços prendem-me!
Aí não quero ficar.
Voei até ao Sol para me libertar.
Sem asas, deixo-me cair...
No asfalto gelado, olho para o ar.
A Lua tenta-me.
Lanço uma escada de estrelas para lá chegar.
Mas, não é aí que quero ficar.
Volto novamente aos teus braços,
Ao teu leito,
Ao meu Lar.

SPL (1996)

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